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CATÁLOGO DE EQUIPAMENTOS DE AUDIO & VIDEO

MODELOS NOVOS, ANTIGOS & RAROS, FORA DE LINHA & DESCONTINUADOS

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Medidas de Potência: RMS x PMPO


 

 

"Potência PMPO é estipulada pelo departamento de marketing 

e não pelo departamento técnico. É uma potência inventada"

 

 

Lendo a frase acima já poderíamos encerrar o assunto por aqui mesmo... mas vamos tentar entender o que acontece no Brasil onde os consumidores, na grande maioria leigos no assunto, são forçados a crer nesta ilusão de potência PMPO.

 

Existem inúmeras maneiras de se medir a potência de um equipamento de som, de acordo com o padrão ou norma utilizada em cada país.

 

Medidas de Potência Padronizadas:

  • RMS

  • IHF

  • EIAJ

  • DIN

  • FTC

  • IEC

No Brasil costumamos ver com mais freqüência algumas siglas nas especificações dos produtos: RMS, IHF e PMPO.

  • RMS ou potência contínua, potência efetiva. Mundialmente aceita como medida de potência padrão para equipamentos de som. É a potência REAL do aparelho.

  • IHF ou potência dinâmica, potência musical. Padrão muito utilizado na década de 70, atualmente em desuso. A potência IHF costuma ser 35% a 50% maior que a potência RMS. (Ex: 70W RMS = 100W IHF)

  • PMPO ou potência de saída de pico musical (em inglês, Peak Music Power Output). Obs: Não é considerado um padrão pois nao existe norma técnica a ser seguida, por esse motivo não merece credibilidade alguma por não ser uma forma confiável de medição de potência.

Nas duas primeiras medidas de potência acima (RMS e IHF) existem entidades sérias, de renome internacional envolvidas na padronização das medições onde os testes são feitos de acordo com critérios técnicos rigorosos que simulam o funcionamento do equipamento de som em condições normais de uso.

 

Na medida PMPO não existe um critério e sequer existe um órgão ou entidade que regulamente tal medida de potência, visto a tamanha discrepância de valores obtidos por cada fabricante, pois cada um cria a sua própria "metodologia" de medição. Assim sendo, cada fabricante encontra um fator de conversão* e diz que a "sua" potência PMPO equivale a 2x a RMS, outros dizem que vale 5x, outros 10x, 20x a potência RMS, etc.

 

*Lembre-se que não existe fórmula matemática para converter um valor de potência PMPO para RMS e vice-versa!

 

Ou seja, como lemos no início desta página, a medida PMPO parece ter sido criada para satisfazer o departamento de marketing do fabricante, que pode escrever o que bem quiser no manual do produto, pois o papel aceita tudo. 

 

Em diversos países do mundo é proibida a comercialização de equipamentos cujas especificações de potência estejam expressas em PMPO.

 

No Brasil ainda não há uma legislação definindo um padrão para medição de potência em equipamentos de som e os fabricantes (ou montadores) utilizam a medida PMPO para promoverem seus produtos a fim de impressionar o consumidor com números inflacionados e irreais de potência. Ao fazerem isto, estes fabricantes estão menosprezando os consumidores e, de quebra, pensam que todos eles têm uma bola vermelha no nariz... para engolir esta palhaçada de potência PMPO!

 

Imagina-se que, fabricantes sérios deveriam dar maior atenção às especificações técnicas do seu aparelho, divulgando a potência real por canal expressa em Watts RMS, a impedância e a faixa de freqüência em que foi conseguida tal potência, o nível de distorção máximo (DHT), o consumo de energia total do aparelho, etc.

 

No caso inverso, dos fabricantes menos sérios ou para os equipamentos de baixa qualidade (low-end/de entrada), as especificações sempre parecem ser mais generosas após aplicarem o "milagre da multiplicação dos Watts" no departamento de marketing, com números de potência expressos logicamente com a famigerada sigla PMPO.

 

Fica difícil acreditar num mini-system ou som portátil (de plástico, levinho, destes que duram 1 ou 2 anos no máximo) que tal aparelho consiga produzir potências maiores que 40 ou 50W RMS.

 

Um fabricante sério com um bom aparelho de som não precisa mentir sobre a sua potência real mesmo quando ela é de "apenas" 20W RMS por canal. Já um fabricante (que não leva o consumidor a sério) e coloca no mercado um aparelho fajuto com seus surpreendentes 200W, 600W ou até 2.000W PMPO, este sim precisa impressionar o consumidor na hora da compra com números fictícios de "elevada" potência estampados na caixa do produto para compensar um desempenho pífio do aparelho frente aos produtos da concorrência.

 


 

Curiosidades:

 

Para se ter uma idéia do que são 2.000 Watts (reais), podemos sonorizar um salão de festas, um pequeno teatro ou uma casa noturna com este nível de potência. Algo improvável de se fazer com um mini-system... 

Logo, alegar que um aparelho deste porte produza "2.000 watts" é um verdadeiro absurdo.

 

Um bom amplificador de potência com 150W ou 200W RMS por canal pesa em média uns 20 ou 25 Kg e consome cerca de 500 ou 600 Watts de energia quando utilizado a plena potência.

 

Para a maioria das pessoas, 50W RMS "reais" por canal já será suficiente para sonorizar um ambiente de até 12m2 (tamanho de um quarto ou sala).

 

 


 

A situação se torna mais fácil de entender quando colocamos dois aparelhos lado a lado para comparação direta do som. Nossos ouvidos não falham, eles nos dirão qual é o equipamento de melhor qualidade, qual produz maior pressão sonora (som mais alto, vulgarmente falando). Não se espante caso você encontre aparelhos menores e com apenas 20W RMS "tocando mais alto e melhor" que aquele outro aparelho de som tipo  carro-alegórico-cheio-de-luzinhas-piscando que dizia ter 600W PMPO. 

Não é a toa que o significado da sigla P.M.P.O. já é conhecida pelos audiófilos como "Potência Máxima Para Otários".

 

Outro detalhe curioso e de fácil constatação é o consumo de energia do aparelho (normalmente esta informação vem escrita na parte de trás do produto, gravado numa etiqueta próxima à entrada do cabo de força). Compare o consumo com a potência de saída do aparelho. Em resumo, sem entrar na linguagem técnica, o que um amplificador faz nada mais é que transformar energia elétrica em som. Um amplificador não "produz" energia, apenas a transforma em potência sonora - e com perdas significativas durante este processo - o que nos diz o seguinte, falando a grosso modo: Um amplificador SEMPRE deverá consumir mais energia do que a potência fornecida para as caixas de som.

 

Exemplo 1: Amplificador multicanal

Potência de saída: 5x 50W RMS (total = 250W)

Energia consumida: 480W

Em resumo: "Entrou" 480W de energia e "saiu" 250W de som. 

 

Exemplo 2: Mini-System

Potência de saída: 2x 60W RMS (total = 120W)

Energia consumida: 230W

Em resumo: "Entrou" 230W de energia e "saiu" 120W de som. 

 

Nunca poderá ser ao contrário. Um equipamento de som não pode consumir 200W e fornecer 450W RMS contínuos para todas as caixas acústicas ("entrar" 200W e "sair" 450W...). Para o espanto geral, quase todos os micro-systems e aparelhos de som vendidos no país usam esta fórmula mágica! Ou são misteriosas "usinas de energia", ou alguém pode estar faltando com a verdade. Será que estão querendo lhe passar a perna e vender gato por lebre? Olho vivo! Ou melhor, ouvido vivo!

 

 

CONCLUSÃO

 

RMS ou PMPO

Na hora de comprar seu próximo equipamento de som, fique atento:

 

O que vale é a potência especificada em Watts RMS =

Esqueça de uma vez por todas a potência PMPO =

 

 

 

Abril de 2006

 

 

 

PMPO: é a sigla de Peak Music Power Output (numa tradução livre, Potência de Saída de Pico Musical). É a potência máxima que o equipamento é capaz de fornecer em um período muito limitado de tempo, sem levar em conta a distorção durante essa medida. Na forma como é definida, esse parâmetro apenas informa a potência instantânea que esse aparelho pode fornecer ao emitir um som que pode ser extremamente distorcido e por um período irrisório de tempo.

 

Leia mais a respeito:

TESTE feito pelo INMETRO sobre a potência dos aparelhos de som vendidos no país

(http://www.inmetro.gov.br/consumidor/produtos/potSonora.asp)

 

 


 

 

Normas técnicas existem para serem usadas, pena que hoje em dia muitos fabricantes "esquecem" disso. No exterior as normas da entidade FTC são um ótimo exemplo a serem seguidos. Todos os fabricantes que seguem as normas FTC tem o respaldo para divulgar informações técnicas dos seus equipamentos de áudio, mostrando nas especificações, de forma clara e honesta, os números reais obtidos nas medições do aparelho.

 

A forma correta e padronizada para a divulgar informações técnicas de equipamentos de som deveria ser informada assim: Potência máxima obtida com todos os canais operando simultaneamente, dentro de uma determinada faixa de freqüências, com índice de distorção determinado, com carga (impedância) de 8 ohms, entre outras.

 

FTC RULES 

(www.ftc.gov)

 

The Federal Trade Commission (FTC) wrote a set of rules requiring that power output for all home audio and receivers be specified in a standard fashion manner designed to enforce consistency and maximize comparability between models and brands. 

Here is an example of an FTC-compliant power specification: "100 watts per channel continuous into 8 ohms from 20 Hz to 20 kHz with .09% THD with both channels driven." 

The wording will vary slightly from manufacturer to manufacturer, but it should be close to that.

 

Here’s what it all means:

  • Wattage is specified per channel, not in aggregate.

  • It is the continous average power the amplifier can deliver, rather than, say, instantaneously on brief peaks. Often this will be designated as RMS (root-mean-square) power. An engineer will tell you, correctly, that RMS ratings are properly applied to voltage, not power, but there’s no need to worry about the copywriter’s technical illiteracy. He means continuous average.

  • Ohms are units of electrical impedance, or resistance. This is involved in the most important complication, which is discussed below.

  • The amplifier probably can deliver slightly more power in the middle of the audio range–say, around 1 kHz–than at the very bottom or the very top. This means a manufacturer can usually stuff a few more watts into the spec by limiting the specified range to something less than the full audio band (e.g., 40 Hz to 20 kHz or simply 1 kHz).

  • THD stands for total harmonic distortion, a measure of signal purity. In general, the less the better (although you can be very confident that you won’t hear any further improvement once the level gets below about 0.1%, even on pure test tones, and on music you can safely raise that threshold to at least 0.5%.) Here is another place where watt-stuffing can occur, since an amplifier will start to produce more distortion as it approaches its power limit.

  • Almost all stereo power amplifiers can produce more power per channel when only one is driven at a time than they can when both channels are stressed simultaneously. Sometimes quite a bit more. That’s the significance of the "both channels driven" part of the spec.

Let’s go back to impedance for a moment. The FTC requires that the primary power specification be for an 8-ohm resistive load. This is great for consistency but at the same time a drastic simplification of what an amplifier has to deal with in real life, that being loudspeakers. Although speaker specifications normally include a single-number rating for nominal impedance, almost all speakers have impedances that vary significantly with frequency. And though 8 ohms is probably the most common value for the specified nominal impedance, it may be 6 or even 4 ohms.
This is important because transistor amplifiers normally will supply more current, and thus more power, for a given output voltage as the impedance of the load connected to it is reduced. (Power is voltage times current.) So a perfect amplifier that could produce 100 watts into 8 ohms could yield 200 into 4 ohms, 400 into 2 ohms, and so on. Practical amplifiers, on the other hand, have to give up at some point, either because their power supplies can’t deliver all the necessary current or because their output transistors would burn up trying to pass it. Where and how they give up is thus an important design decision. You could take three different amplifiers, each honestly rated at 100 watts per channel into 8 ohms, and find that one could produce 150 watts into 4 ohms, another 120 watts, and the third just 100 watts. If you were to drop the load to 2 ohms, the first amp might give you another 20 or 30 watts while the third might shut down entirely to protect itself.
Moral of this story: Given the nature of real loudspeaker impedances, it is a good idea to look for an amplifier that has enough current reserve to remain comfortable driving impedances at least as low as 4 ohms. And if your speakers have a specified impedance of 4 ohms, you want a bit more reserve still. It is thus a good sign if the amplifier specifications include ratings for impedances lower than 8 ohms in addition to the FTC-mandated spec. A final word about power: Because of the way we hear, doubling the power to a speaker does not double the perceived volume. The difference amounts to 3 dB (decibels), which is noticeable but not dramatic. To double the volume, you need a ten-fold (10 dB) power increase. Consequently, if you’re choosing between two amplifiers, a power-rating difference of less than 2:1 is pretty much not worth worrying about. And the difference between, say, 100 watts and 120 watts is completely trivial.

 

 

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